MPE pede acesso a provas sobre venda de fazenda de conselheiro

O promotor de Justiça Célio Joubert Fúrio, do Ministério Público Estadual (MPE), solicitou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento de provas colhidas na Operação Ararath para subsidiar um inquérito civil que apura suposta irregularidade na venda de uma propriedade rural pertencente ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim.

A fazenda, localizada em Nossa Senhora do Livramento (a 42 km de Cuiabá), foi vendida em 2012 para o empresário Wanderley Faccheti Torres, dono da Trimec Construções e Terraplanagem Ltda., e a negociação teria envolvimento do ex-governador Silval Barbosa.

 O ofício foi enviado ao Supremo no dia 13 de junho. O inquérito em questão foi aberto em 2014, com o objetivo de descobrir, além de uma suposta lavagem de dinheiro, se a venda da área envolveria também a vaga de Antônio Joaquim na Corte de Contas.

“Tramita nesta 35ª Promotoria de Justiça Cível, o Inquérito Civil nº 03/2014 instaurado para apurar possível irregularidade na venda de propriedade rural pertencente ao Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Sr. Antônio Joaquim, cuja negociação envolveria também sua ‘vaga’ no órgão de contas”, explicou Fúrio ao STF.

“A fim de instruir o referido procedimento, solicito compartilhamento das provas pelo ministro relator do inquérito 4596/SF, caso 2, Petição 7221, especialmente relacionadas a este caso, emvolvendo a venda e compra de uma fazenda em Livramento”, pediu o promotor de Justiça.

Antônio Joaquim está afastado do TCE desde setembro de 2012, quando foi deflagrada a 12ª fase da Operação Ararath, denominada “Malebolge”. 

Além dele, outros quatro conselheiros – Valter Albano, Sérgio Ricardo, Valdir Teis e José Carlos Novelli – também foram afastados. 

Texto: Thaiza Assunção/Mídia News