MPF apura supostas falhas em investigação de morte de policial

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar supostas falhas nas investigações da morte do policial federal Mário Henrique de Almeida Mattos, em maio do ano passado. O agente da PF foi morto durante uma ação que iria prender uma quadrilha especializada em roubos de aeronaves, em Sinop.

A ação teria sido iniciada após policiais federais receberem informações de que os criminosos, que haviam roubado um avião no mês anterior, chegariam na madrugada de sábado, para roubar mais duas aeronaves. O crime seria praticado em um aeroclube conhecido como “Canarinho”, às margens da MT-140.

Ao chegarem ao lugar onde estavam as aeronaves, os agentes teriam se deparado com os assaltantes, que estavam em três veículos.

Conforme a PF, os membros da quadrilha estavam em uma L 200, uma picape Strada verde e uma Saveiro preta. Os bandidos renderam funcionários do aeródromo e, ao verem os agentes da PF, teriam começado a atirar.

No tiroteio, o policial federal Mário Henrique de Almeida Matos teria sido atingido na região do tórax. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Sinop, porém, não resistiu ao ferimento e morreu momentos depois.

Dias depois da morte do policial federal, cinco integrantes da quadrilha foram presos em Sinop. Um sexto homem, que era apontado como o líder da quadrilha, também foi identificado e acabou sendo assassinado durante confronto com a Polícia Federal. Ele teria planejado e financiado o roubo das aeronaves.

De acordo com o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal, a apuração sobre o modo como foram conduzidas as investigações da morte do agente deverá utilizar “todas as medidas possíveis e necessárias, judiciais e extrajudiciais”.

 A portaria que instaurou o inquérito foi publicada em 26 de julho e é assinada pela procuradora da república Samira Engel Domingues.

O agente da PF

Segundo a Polícia Federal, o agente Mário Henrique de Matos trabalhou durante dois anos em Sinop. Ele era casado com uma policial civil e também tinha residência em Brasília (DF). Depois do crime, o corpo de Matos foi transladado de avião para Brasília e ele foi enterrado no Cemitério Campo da Esperança.

Texto: MIDIANEWS