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MT tem 53 mulheres assassinadas e 13 mil ameaçadas em 8 meses
Em um período de oito meses, 53 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso somente neste ano. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso, os dados remetem a homicídios em geral, sem qualificá-los como feminicídios.
O número representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2017, quando 48 mulheres foram vítimas de homicídio em Mato Grosso.
Ainda no balanço, 13.263 mulheres foram vítimas de ameaças no estado somente neste ano. Outras 6,4 mil registraram queixa na polícia por lesão corporal. Ainda, 189 sofreram tentativa de homicídio entre os meses de janeiro a agosto.
O levantamento aponta que 157 foram vítimas de estupro e outras 98 sofreram tentativas de estupros.
Dados
Até julho, 47 mulheres foram assassinadas. Estudos indicam que, na maioria dos casos de feminicídio, a morte é resultado de uma violência progressiva. No início, o agressor desrespeita e depois agride a mulher.
O feminicídio é um crime de gênero cometido contra mulheres, quando há violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição da mulher. A lei foi incluída no Código Penal como uma modalidade de homicídio qualificado e entrou em vigor no dia 9 de março de 2015.
Dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), divulgados no mês passado, apontam que existem 36,6 mil processos de violência doméstica em tramitação no estado.
Ainda segundo o TJMT existem 255 ações de casos de feminicídio sob investigação, além de 18 mil medidas protetivas em curso.
Segurança
Em nota, a Sesp disse que o governo avançou na implantação de redes de proteção em alguns municípios, com a integração entre órgãos de segurança, judiciário e de assistência psicossocial, e das patrulhas Maria da Penha em Rondonópolis, Barra do Garças e Sinop.
Um dos exemplos citados pela pasta é a criação da Câmara Temática em Defesa dos Direitos da Mulher, em novembro de 2017.
Texto: G1 MT