Mulheres são indiciadas por sequestro qualificado de bebê

A Polícia Judiciária Civil concluiu as investigações do sequestro do bebê de 1 mês e 15 dias, ocorrido na cidade de Várzea Grande. A criança foi resgatada e as duas mulheres envolvidas no roubo da criança levada dos braços da mãe, quando ela descia de um ônibus, foram presas.

O inquérito foi encaminhado ao Fórum de Várzea Grande pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso, com indiciamento das suspeitas Neuza de Arruda, 38, e Renata Silva, 28, pelo crime de sequestro qualificado, em razão da idade da vítima.

Também será enviada cópia do procedimento a Delegacia Especializada do Adolescente (Dea), de Várzea Grande, para responsabilização da adolescente F.A, 15 anos, filha de Neuza Arruda, que ao contrário do que foi apurado inicialmente, participou sim da roubo da recém-nascida. A menor poderá responderá ato infracional análogo ao mesmo crime praticado pela mãe. 

A delegada Daniela Silveira Maidel, interrogou  novamente as duas suspeitas e descobriu que Neuza de Arruda não estava gestante no curso do último mês de gravidez, conforme alegou no primeiro interrogatório, desmentindo também que  esteve no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, onde disse ter conhecido uma mulher com nome de “Maria Padilha”, que não existe.

O nome foi inventado para encobrir a participação da filha menor de idade.  Foi a adolescente que tomou a criança dos braços da vítima, enquanto sua mãe abordava a mulher com filha no colo.

A delegada também confirmou que o bebê foi sequestrado em razão do marido de Neuza, que está preso por tráfico de drogas, acreditar que a companheira estava grávida e seu sonho era ter uma filha. “Apuramos que Neuza estava com um homem e que a família dele era contra o relacionamento por ela ser mais velha e não conseguir mais engravidar”, disse a delegada. “Neuza estaria dizendo que estava gestante, mas não temos nenhum exame que comprove essa gravidez e que teria sido atendida no Pronto-Socorro Municipal”, completou Maidel.

 

Texto: Portal Sorriso MT com Assessoria