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Neri Geller afirma que pagou dívida com sacas de milho e rechaça delação de Silval
O secretário de Políticas Agrícolas do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Neri Geller (PP) afirma que a dívida com o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), citada na delação de Silval Barbosa (PMDB), foi quitada com milho, “mediante depósitos e maquinário agrícola de minha propriedade, sendo absolutamente inverídicas as declarações do ex-governador”, diz em nota.
O débito de R$ 1 milhão seria fruto de empréstimo feito por Fávaro para Neri na campanha de 2010, quando o progressista foi candidato a deputado federal. Depois do pleito, ambos teriam ido atrás de Silval de “pires na mão” para pedir dinheiro a fim de saldar o débito, pois o até então o peemedebista (que se filiou ao PP em 2014) não teria dinheiro para ”honrar o compromisso”.
Silval, entretanto, ressalta que também estava endividado e, por isso, não teria como estender a mão aos colegas. Geller e Fávaro então afirmaram ao delator que recorreriam a Osvaldo Martinello, um conhecido empresário do ramo de móveis em Lucas do Rio Verde.
Nessa nova negociação, Martinello receberia o dinheiro por meio de incentivos fiscais (imposto que deveria ir para o erário público) às empresas dele e repassaria em espécie, como propina, para os dois. O empresário negou qualquer tipo de irregularidade no recebimento do benefício.
Por fim, Neri nega que houve negociação envolvendo Silval que, segundo secretário, no afã de justificar seus atos ilíticos, tenta envolver pessoas de bem.
“A Justiça há de prevalecer sobre estas ilações e a verdade dos fatos virá à tona, provando a inocência de cidadãos que cumprem suas obrigações e nada têm a temer”, sustenta. Fávaro, por sua vez, também rechaça as acusações.
“A dívida foi paga somente dois anos depois, parte inclusive, com equipamentos e maquinário usados. Silval deve ter tido conhecimento da dívida que Geller possuía e faz agora mentirosas ilações para justificar sua delação, confundindo propositalmente a realidade dos fatos. É preciso que a Justiça exija provas efetivas e proteja cidadãos que cumprem a lei”, disse em nota.
Texto: RD News