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Paulo Borges diz que Leitão não manifestou interesse em vaga de Selma e PSDB aguarda TSE
Na contramão da maioria dos partidos políticos em Mato Grosso, o PSDB preferiu adotar cautela nas articulações em torno da eventual vaga da senadora Selma Arruda (Pode), que aguarda manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o processo que cassou seu mandato. Segundo o presidente estadual da legenda, Paulo Borges, o candidato ao Senado pela sigla nas eleições do ano passado, ex-deputado Nilson Leitão, não manifestou interesse até o momento na vaga. O tucano também desmentiu rumores de que Pedro Taques (PSDB) esteja cotado para disputar a possível eleição suplementar.
“Sinceramente, não houve nenhuma conversa sobre isso no partido. O Nilson não se manifestou em nenhum momento para lançar seu nome. E esse imbróglio do TSE, eu como advogado, creio que não vai ser de uma hora para outra que vai sair essa decisão. O PSDB não está preocupado com essa vaga. Mas vamos aguardar o que vai sair disso e depois ouvir todo mundo do partido”, disse Paulo Borges, em entrevista ao Olhar Direto.
Eleita como a candidata mais votada ao Senado nas eleições passadas, com quase 700 mil votos, a juíza aposentada Selma Arruda teve seu mandato cassado por unânimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, acusada de omitir da Justiça despesas de R$ 1,2 milhão durante a campanha, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.
Em 2018, Selma chegou a se aliar ao PSDB, na chapa que reunia o então governador Pedro Taques e Nilson Leitão, que também concorria ao Senado. Porém, menos de um mês depois do anúncio da coligação, a juíza aposentada rompeu com os tucanos. Na época, Selma se disse vítima de uma “rasteira” de Nilson Leitão e lembrou as delações de Alan Malouf e Permínio Pinto contra Pedro Taques como justificativa para o rompimento.
A análise da cassação de Selma no TSE sequer tem data para ocorrer, mas uma série de nomes já começam a surgir no horizonte como possíveis candidatos ao cargo, entre eles o do ex-governador Júlio Campos, do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e do deputado Dilmar Dal’Bosco, todos do DEM. O ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) também pleiteia a vaga.
As principais lideranças políticas do Estado, entre elas o governador Mauro Mendes (DEM), já disseram considerar pouco provável que Selma consiga reverter a decisão do TRE de Mato Grosso.
Texto: Érika Oliveira/Olhar Direto