Paulo Taques alega inexistência de provas e pede trancamento de ação penal

O ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques acaba de deixar o Centro de Custódia da Capital e afirmou que irá recorrer do recebimento da denúncia contra ele no âmbito operação Bererê. De acordo com Taques, não existem provas contra ele e nem contra seu irmão, Pedro Jorge, que também foi preso por suposto envolvimento no esquema.

 Ao deixar o CCC, Taques concedeu entrevista na porta da cadeia. “Eu aprendi ao longo dos meus 22 anos de advocacia que decisão judicial não se discute. Ou se aceita e cumpre, ou não concorda e recorre. Eu não concordo com a aceitação, o recebimento da denúncia, e vamos recorrer para que essa denúncia não seja recebida, [para que] essa ação penal seja trancada e eu possa ficar livre de respondê-la”, informou.

A tese de Taques é que só pensa contra ele as informações repassadas à justiça por delatores, o que por si só não sustenta possível condenação. “O Ministério Público ofereceu uma denúncia de 400 páginas acompanhada de um processo de 5 mil páginas. E se nós formos buscar nessas quase 6 mil páginas uma linha de prova contra mim ou contra meu irmão, não tem nenhuma. Nenhuma prova, nenhuma linha. Eu li o processo, até porque aqui dentro o que a gente tem é tempo, né? Eu li o processo”, afirmou.

“Há somente a fala de um falso delator imputando a mim o recebimento de um valor. E nós já temos na própria lei da delação que a fala do delator não serve para condenar ninguém”, argumenta.

Texto: Fabiana Mendes/ Olhar Direto