Peritos investigam se artefato encontrado em base da PM é uma bomba

A Segurança Pública investiga se um artefato encontrado na base da Polícia Militar do bairro Pedra 90 na manhã desta segunda-feira (13), pode ser uma bomba. De acordo com a pasta, ainda não é possível afirmar se o material, que foi recolhido  pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), e passa por análise dos peritos, é explosivo.

Também é avaliada a relação entre a ocorrência e os ataques registrados em Cuiabá e Várzea Grande no final de semana, quando três ônibus e veículos particulares foram queimados.

Sem se identifificar, uma das policiciais que atua no local conta que o artefato foi encontrado por um colega, em baixo de seu carro, no momento em que ela saia do plantão. “Eu estava na base, saindo do serviço e um colega achou uma bomba em baixo do carro. Eu tentando ligar e a bateria não pegava, mas graças a Deus estou bem. O Bope está indo pra base pra recolher. Sei que tinha um bilhete nela, do comando vermelho”, diz na gravação. 

De sexta-feira até domingo houve ainda um atentado à casa de um sargento da Polícia Militar e de um agente penitenciário. A Base Comunitária de Segurança Pública do bairro Três Barras foi alvo de 47 tiros e dois coquetéis molotov, que não explodiram. Também aconteceram ataques em várias cidades do Estado. As ações foram orquestradas por internos do sistema carcerário que reivindicam o fim da greve dos agentes penitenciários, iniciada no dia 1 de junho, para o retorno das visitas íntimas e de familiares.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que, até o momento não há nada que aponte para novas exigências feitas pelos presos. No dia 12 de junho as vistas voltaram a acontecer com duas restrições: um visitante por detento e sem direito à alimentação feita em casa para levar em embalagens. Ainda no domingo, durante a noite, três detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, foram autuados em flagrante por liderarem os ataques. 
 

Texto: Olhar Direto