PF descarta sabotagem em acidente que matou mato-grossenses e ministro do STF

A Polícia Federal descartou a possibilidade de ter ocorrido sabotagem no avião que caiu em Paraty (RJ) no dia 19 de janeiro de 2017 matando o ministro do Supremo Tribunal Federal,  Teori Zavaski, 68, e as mato-grossenses Maria Hilda Panas, 55, e Maíra Panas Helatczuk, 23, mãe e filha, da cidade de Juína (735 Km a noroeste de Cuiabá). O resultado da investigação da PF foi antecipado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A informação sobre o andamento das investigações acerca do acidente aéreo será compartilhada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), às 10h30 desta quarta-feira (10). No acidente também morreram o empresário Carlos Alberto Filgueiras, que era proprietário do avião e dono do Grupo Emiliano e o piloto da aeronave, Osmar Rodrigues.

A mato-grossense Maíra era massoterapeuta. Na época do acidente, era citada em matérias da imprensa local e nacional como uma moça lutadora, que foi sozinha para São Paulo, tentar a vida. Ela morava na Vila Mariana, com o namorado Rodrigo Santo, marceneiro, e trabalhava como massoterapeuta no hotel Emiliano, um dos mais sofisticado da capital paulista. O grupo era dono da aeronave que caiu.

De acordo com as apurações, não foram encontrados vestígios de qualquer falha que pudesse ter sido evitada antes da decolagem da aeronave. Também não foi possível encontrar nenhum vestígio de explosivos ou produtos químicos que pudessem causar incêndio dentro do avião.

Desde o dia da queda, os motivos do acidente são investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) e pela PF de Angra dos Reis. Além de periciar os destroços da aeronave e as gravações das conversas entre o piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade que possa ter gerado o acidente.

A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto onde deveria pousar.  Embora não tenha concluído a investigação, a PF descartou a possibilidade de sabotagem na aeronave que caiu no mar de Paraty (RJ). Segovia vai compartilhar detalhes da apuração com a ministra do STF.

Texto: Redação do GD com Estadão