Piran, ex-secretário e ex-presidente da câmara negam fraude de R$ 10 milhões

Os alvos da ‘Operação Quadro Negro’, deflagrada na última terça-feira (22) pela Delegacia Fazendária (Defaz), em trabalho coordenado com o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) e que levou seis pessoas à prisão, negaram que tenham participado da fraude de R$ 10 milhões em dois contratos destinados a compra de materiais para escolas de Mato Grosso.

Conforme o apurado pelo Olhar Direto, os alvos negaram a participação no esquema de R$ 10 milhões (valores atualizados). Além disto, os presos apresentaram versões divergentes. Porém, para a Polícia Civil, não há dúvida da participação dos suspeitos, já que todas as provas levantadas levaram a isto.

O empresário Valdir Piran, um dos presos na operação, foi ouvido em Brasília (DF), onde foi preso. Ele tentou negar todas as acusações que pesam contra ele. Piran foi preso em Brasília (DF), onde permaneceu na última terça-feira. As investigações apontam que ele tinha um ‘testa de ferro’ e também recebia o dinheiro da propina através de ‘laranjas’. As investigações apontaram ainda que ele teria recebido quase R$ 1 milhão do dinheiro desviado de materiais para a Educação de Mato Grosso.

A investigação realizada em conjunto chegou ao empresário através de análise financeira indireta. O Cira, junto com os policiais da especializada, que recursos da empresa Avançar, eram repassadas para terceiros (funcionários, parentes e outros), que posteriormente remetiam o montante para Valdir Piran.

O empresário Weydson Soares Fonteles, também alvo da operação e preso em Brasília (DF), seria o testa de ferro de Valdir Piran. Além das análises financeiras, uma colaboração premiada também auxiliou nas investigações, também apontando ele como o líder do esquema que desviou mais de R$ 10 milhões de recursos públicos.

Além de Piran, também foram alvos de mandado de prisão: o ex-presidente da Câmara de Cuiabá e do Cepromat, Wilson Celso Teixeira (Dentinho); o também ex-mandatário do mesmo órgão, Djalma Soares; Francisvaldo Pereira de Assunção, ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica, e Weydson Soares Fonteles, este último detido em Brasília (DF).

Texto: Wesley Santiago/Olhar Direto