Polícia investiga 4 presos do comando vermelho por morte de ‘líder’ na PCE

Polícia Civil está investigando 4 detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), que estavam dentro da cela com Paulo Cesar da Silva, o ‘Petróleo’, encontrado morto na manhã de domingo (27). Entre eles está Luciano Mariano da Silva, o ‘Marreta’. Os dois são apontados como líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Paulo e Luciano foram presos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na Operação Assepsia, deflagrada em junho, após a apreensão de um freezer com mais de 80 celulares na unidade prisional. E cumpriam pena na mesma sela ao lado de outros colegas de facção.

Além de Marreta, estavam na cela: Baltazar Luz de Santana, preso em 2018 em Cuiabá. Apontado como membro do CV responsável e condenado por organizar ataques criminosos na cidade; Sidney Bittencurt, o ‘Fuzil’, preso em operação de combate ao crime organizado e Pedro Paulo Ferreira Pinheiro, com mais de 6 passagens criminais por tráfico, roubo e até homicídio.

De acordo com informações, a denúncia recebida em primeiro momento relatava um suicídio dentro da cela 21 no raio 5B. A vítima estava pendurada junto à grade. No entanto, a versão de suicídio foi descartada logo no início da investigação, já que o corpo de Petróleo estava com diversas lesões. Foi feito um levantamento junto ao Sistema Prisional sobre os presos que estavam sob custódia com a vítima na cela.

Os 4 foram apresentados e entrevistados pelos investigadores. Peritos também fizeram fotografias. Eles tinham lesões nos braços, pernas e cabeça. Foi relatado que todos apresentavam algum tipo de lesão e que, por isso, foi solicitada a realização de exame de corpo delito e o resultado deve sair no decorrer dos próximos dias.

Petróleo e Marreta no esquema da PCE

Entre as linhas de investigação para a morte de Petróleo estão as motivações por acerto de conta e até queima de arquivo. Acontece que ele foi apontado como um dos líderes do CV responsável pela negociata com a administração da PCE, conforme apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Desde a apreensão dos celulares, investigação policial apontou que a direção da PCE fazia parte do esquema da facção e facilitava a entrada não só dos telefones, mas também de outros objetos. 

Além de Petróleo e Marreta, foram presos e denunciados pelo MPE o ex- diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, e o ex-diretor-adjunto, Reginaldo Alves dos Santos e 3 policiais militares, Ricardo de Souza Carvalhes de Oliveira, subtenente da Ronda Ostensiva Móvel Tática (Rotam), Cleber de Souza Ferreira, tenente do 3º Batalhão da PM, e Denizel Moreira dos Santos, cabo da Rotam.

Texto: Yuri Ramires/Gazeta Digital (GD)