Portugal fortalece laços econômicos com a China: um novo ciclo de crescimento
Polícia vai abrir 21 inquéritos para investigar “empresas fantasmas”
A Polícia Civil vai instaurar vinte e um inquéritos policiais para apurar individualmente a participação das empresas “fantasmas”, descobertas na investigação da operação “Etanol”, coordenada pela Delegacia de Polícia de Campo Novo do Parecis (396 km a Noroeste).
A operação foi deflagrada no dia 23 de agosto e cumpriu 50 ordens judiciais, sendo 46 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva, nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, referentes a desvios de R$ 28 milhões de uma cooperativa de produtores de álcool e cana-de-açúcar, a Coprodia.
O delegado que preside a investigação, Adil Pinheiro de Paula, informou que é aguardado o resultado da análise de 51 ordens de quebra de sigilo bancário para individualizar o valor que cada empresa recebeu com a prestação de falsos serviços à cooperativa, cujas notas fiscais eram atestadas pelos principais articuladores do esquema. O grupo seria formado por quatro ex-funcionários que tinham cargos de gerência na empresa e um colaborador, responsável pela criação de empresas de fachadas.
Conforme o delegado, as investigações da 3ª fase têm viés financeiro, por ter sido comprovado o caminho que o dinheiro percorreu, saindo da cooperativa para as empresas fantasmas e retornando aos membros da organização.
Segundo a apuração, a maioria das empresas localizadas em São Paulo, Paraná, Rondônia e Goiás, sequer existiram. Em Minas Gerais, na cidade de Juiz de Fora, uma empresa que seria de consultoria e treinamento funcionava no endereço onde foi encontrado um salão de beleza. A proprietária não tinha conhecimento que a empresa procurada pela Polícia existiu lá nesse mesmo local.
“A quadrilha apenas usava o endereço como sendo uma das empresas de fachada”, confirmou o delegado.
Com base nos elementos de prova, a Polícia Civil representou pelos mandados de busca e prisão contra três ex-funcionários e o responsável pelas instituição de empresas fantasmas.
Foram presos na 3ª fase: Adriano Froelich Martins, ex-gerente da cooperativa, preso em Jaciara (MT); Haran Perpétuo Quintiliano, responsável por abrir empresas fantasmas, preso em Cuiabá (bairro Duque de Caxias); Heberth Oliveira Silva, ex-responsável pelo setor de compras, preso em Sapezal (MT); e Júnio Jose Graciano, ex-gerente financeiro da empresa, preso em Marília, São Paulo.
O quinto investigado é o também ex-gerente financeiro, Nivaldo Francisco Rodrigues, que foi preso na 2ª fase da operação, realizada em 12 de junho e permanece preso desde então. Saiba mais.
Texto: Mídia News