Policial que matou adolescente de 16 anos em briga com rivais em 2016 é preso em Sinop

Um escrivão da Polícia Civil de 33 anos e um primo dele foram presos neste sábado (26) em Sinop, a 503 km de Cuiabá, suspeitos de serem responsáveis pela morte da adolescente Rurye Pessori, de 16 anos. O crime ocorreu em setembro de 2016, naquele município. Rurye foi morta com dois tiros no pescoço.

Em nota, a Polícia Civil confirmou a prisão dos suspeitos e afirmou que os dois devem passar por audiência de custódia.

O escrivão, por possuir curso superior, deve ser levado para o Centro de Custódia de Cuiabá. O primo dele, no entanto, deve ficar no presídio de Sinop. Nenhum dos dois teve a identidade divulgada.

O crime passou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil depois que a suposta participação do policial no crime foi denunciada.

As investigações apontam que Rurye não era o alvo do policial. Segundo a polícia, o servidor estava bêbado no dia do crime e se desentendeu com um grupo de jovens que estava no mesmo local que Rurye frequentava.

Após a discussão, o policial e o primo deixaram o local, mas retornaram depois de um tempo.

“O escrivão, por se encontrar em estado de embriaguez, e querendo se vingar ou intimidar o grupo do rapaz com quem se desentendeu, realizou disparos e um dos tiros atingiu a jovem Rurye”, diz trecho da nota polícia.

À época do crime, a polícia informou que o assassinato havia sido cometido por três homens que chegaram ao local com um carro branco.

Denúncia da mãe

Em janeiro desse ano, a mãe de Rurye denunciou nas redes sociais a possível participação do policial na morte da filha.

Na publicação, Cristiane Perossi diz que teve acesso ao inquérito através do advogado dela.

“O assassino de minha filha Rurye Perossi é um policial judiciário civil de Sinop. É o que consta no inquérito policial, que agora, depois de tanto tempo, e tantas tentativas em obtê-lo com o delegado Carlos Eduardo Muniz, que se recusou tantas vezes me fornecer, consegui através de advogado em Cuiabá”, diz a mãe em trecho da publicação.

 

Texto: G1-MT