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Politec e Polícia Civil orientam sobre a importância do isolamento e preservação do local de crime
A efetividade da elucidação de um crime passa pela preservação de uma cena onde ele aconteceu, que influenciará na produção de provas robustas oferecidas à Justiça. Neste cenário, a população tem um papel importante na manutenção dos vestígios presentes no local.
Estas e outras orientações foram passadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Polícia Judiciária Civil para os moradores na cidade de Guarantã do Norte (a 708 km de Cuiabá) e região, durante uma coletiva de imprensa realizada na semana passada, na delegacia regional do município.
“O objetivo principal é atingir as comunidades mais remotas do município. A campanha é feita porque nós temos observado diversos casos que quando chega a PM o local, o ambiente já está bem contaminado. O objetivo é tentar comover a população, para que crie a cultura de colaborar com a polícia e a perícia, para que nessa fase pré-processual a gente consiga produzir provas de qualidade para o Ministério Público, a Defensoria e o Poder Judiciário, e no final das contas a população tenha a justiça tanto desejada’’, explicou o perito criminal Rodrigo Bertoti Casonatto.
O perito criminal e o delegado regional de Guarantã do Norte, Geraldo Gezoni Filho, deram exemplos práticos sobre como a população deve proceder ao se deparar com uma cena de crime. Entre elas: discar imediatamente para as autoridades policiais (telefones 190 ou 197); manter a distância mínima entre 10 a 15 metros do local do crime; não manusear no cadáver ou cobri-lo com tecido; não retirar estojos (projéteis) ou objetos encontrados na cena.
‘’Não se deve pisar próximo ao local, pois uma pegada pode ser um elemento identificador, prejudicando a elucidação dos fatos. Não pode tocar no estojo, pois a posição do estojo revela a posição do atirador’’, citou Cassonato.
Os vestígios analisados pela perícia criminal direcionam as respostas sobre o que aconteceu, a dinâmica do crime e a causa direta do fato. Conforme o delegado Geraldo Gezoni Filho, além de prejudicar a evolução das investigações, alterar a cena é crime segundo o Código de Processo Penal. “Nas comunidades remotas o perito pode demorar até seis horas para chegar ao local, ou seja, os locais são de difíceis acesso, e como demora, a população ao redor da cena do crime acha que pode mexer, não entende que mesmo demorando nos vamos chegar, tem que ter paciência’’, enfatizou o perito criminal.
A Gerência Regional da Politec de Peixoto de Azevedo abrange o atendimento pericial e de Identificação Técnica de Guarantã do Norte, Novo Mundo, Matupá, Peixoto de Azevedo, Terra Nova do Norte, Nova Guarita, Nova Santa Helena, assentamentos e comunidades rurais adjacentes.
Texto: Politec- MT /Assessoria