Decriminalización de las drogas en Portugal: 20 años después
Preso, Marcelo Vip tem 3 dias para provar que empresas não são de fachada
Marcelo Nascimento da Rocha, o Marcelo Vip, preso acusado de fraude em processo para remissão de pena, deve comprovar em 3 dias movimentações financeiras das empresas em que alega ter trabalhado.
A determinação é do juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execução Penal de Cuiabá. Pesa contra Marcelo a suspeita de que as empresas não existiam de fato, compondo apenas um esquema criminoso.
“Determino a imediata intimação pelo meio mais célere possível, ainda que por telefone, certificando nos autos, a Defesa para que traga no prazo de 03 (três) dias, comprovação da movimentação financeira das empresas que o mesmo afirmou ter trabalhado durante o transcurso de sua pena”, decidiu Fidelis.
A denúncia sobre fraudes na remissão de pena partiu do Poder Judiciário de Mato Grosso. Os crimes eram cometidos por um servidor da Segunda Vara Criminal de Cuiabá. Investigação culminou na Operação Regressus, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (25 de abril).
Geraldo Fidelis identificou o suposto esquema no mês de março e encaminhou a questão para a Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) e para as forças de segurança para investigação.
Ao todo, são 3 inquéritos instaurados: peculato, lavagem de capitais de reeducandos que obtinham remissão de pena utilizando documento falso e fraude processual para obtenção de progressão de regime.
As prisões expedidas foram contra Marcelo e Márcio Batista da Silva, conhecido como Dinho Porquinho. Eles teriam conseguido progressão do regime fechado, em que já estão condenados, por meio de fraudes.
A 3ª prisão expedida foi contra o servidor efetivo do Tribunal de Justiça, Pitágoras Pinto de Arruda, ex-assessor da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, que recebia dinheiro de Marcelo e Márcio e repassava a uma perita responsável por fraudar documentos.
Histórico
Marcelo tem condenações por associação ao tráfico de drogas, roubo de aeronave, estelionato, falsidade ideológica e já foi preso em 12 estados brasileiros, da qual fugiu de nove. Sua vida já inspirou o filme “Vips”, em 2011.
Vip ganhou notoriedade nacional ao se passar por um dos cofundadores da companhia de linhas aéreas Gol e também já se passou por guitarrista do Engenheiros do Hawai.
Texto: Arthur Santos da Silva/Gazeta Digital