Rapaz sequestrado em Mutum pode ter sido alvo do Comando Vermelho

Um rapaz de 18 anos, de Nova Mutum, foi levado de dentro de casa, dia 13 de janeiro deste ano, por 4 homens armados, sendo 3 encapuzados, que alegaram ser policiais civis. Depois de 48 dias, não há sinal de Evisson Gonçalves de Oliveira, nenhum registro de passagem em delegacia naquele dia, nem de entrada no Instituto Médico Legal (IML). A polícia investiga o caso. A família está angustiada, sem notícias dele.

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A principal suspeita policial é a de que Evisson tenha se desentendido dentro da facção criminosa Comando Vermelho. A hipótese de que os sequestradores sejam policiais civis também está sendo apurada.

A família se diz em sofrimento e apela por notícias do rapaz. “Estou falando como pai, estamos sofrendo demais. Não sabemos onde ele está. Se por ventura você sabe do paradeiro do meu filho nos avise por favor, vivo ou morto”, apela o pai do rapaz, José Damião de Oliveira, nas redes sociais.

O delegado Felipe Leoni, que investiga o caso, informa, através da assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil, que o desaparecido tinha várias passagens policiais por tráfico e roubo e ao que tudo indica foi retaliado pela facção por algum motivo, que ainda está sendo investigado em inquérito do caso em curso.

A família pede celeridade nas investigações. Diz que já “rodou” as instituições da segurança pública e justiça, para se orientar sobre o que fazer.

“Até agora nada”, lamenta a irmã do rapaz, Evelyn Oliveira, 21. Ela explica que o pai é separado da mãe e no dia que Evisson foi sequestrado era por volta de meia-noite e estavam todos dormindo.

“Minha mãe, ele, eu, minha irmã, o marido dela, e o bebê, que agora está de 7 meses, a gente estava todos dormindo. Eles chegaram, de calça jeans e blusa preta, se dizendo policiais civis, invadiram a casa, entraram no quarto dele, acordaram ele e o levaram embora. Ficamos assustados”, lembra Evelyn.

“Minha mãe está deprimida”, informa Evelyn.

Texto: Gazeta Digital