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Réu confesso por matar ex-namorada asfixiada vai a Júri
O autor do feminicídio da estudante de Direito Dineia Batista Rosa, de 35 anos, assassinada por asfixia e estrangulamento em Cuiabá em maio de 2017, será julgado pelo Tribunal do Júri no dia 20 de março, às 9h.
Wellington Fabricio de Amorim Couto, de 36 anos, confessou o homicídio da ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento. Ele está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá e seu processo corre em segredo de justiça.
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu no dia 20 de maio de 2017, na casa que Dineia havia comprado para a mãe, no Bairro Serra Dourada.
Dineira havia terminado o relacionamento de cerca de dois anos após descobrir que Wellington havia assassinado a ex-mulher – crime cometido em 2008 na Capital, pelo qual ele já havia sido condenado e cumpria pena em regime semiaberto desde 2013.
No interrogatório, segundo a polícia, o réu não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime. Ele disse que provocou a asfixia com as mãos, depois por estrangulamento usando um pedaço de fio.
Wellington afirmou, ainda, que após a vítima desmaiar, começou a agredi-la com socos na face e finalizou o crime com uma tijolada na cabeça.
O julgamento será conduzido pelo juízo da 1ª Vara Criminal, sob titularidade da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
Feminicídio
O assassinato ocorreu em uma casa que a vítima havia comprado uma semana antes para dar de presente para a mãe no Dia das Mães.
Ela estava no local para fazer uma limpeza quando Welington arrombou a casa e a matou.
Vizinhos ouviram gritos e chamaram a polícia, no entanto, a vítima já estava morta.
O filho dela, de 8 anos, presenciou o crime e foi ameaçado pelo suspeito.
O corpo da vítima foi encontrado no banheiro da residência.
Condenação por homicídio
Welington já havia sido condenado a 17 anos de prisão em janeiro de 2011, pela morte da ex-mulher, Danevimar da Silva Dias, de 23 anos.
O crime ocorreu em 2008 no Residencial São Carlos, em Cuiabá. Naquela ocasião, a vítima foi estrangulada com um fio elétrico e mutilada.
Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Welington teve progressão de regime e cumpria a pena em semiaberto desde 2013, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
No final de abril deste ano, o acusado foi para uma audiência admonitória. Na audiência, ele conseguiu ter a pena convertida para regime domiciliar, sem a necessidade do uso de tornozeleira.
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Texto: Mídia News