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Riva anuncia que fará nova confissão, mas pede perícia em pagamentos da AL
Após confessar ter participado no esquema de corrupção investigado na “Operação Ventríloquo”, o ex-deputado estadual José Riva (sem partido) promete revelar novas fraudes ocorridas na Assembleia Legislativa.
A próxima será no desvio de recursos da verba de suprimentos, que resultou na “Operação Metástase – Célula Mãe” e o manteve preso por 185 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
O ex-presidente da Assembleia Legislativa confirmou que fará uma confissão em audiência de instrução realizada nesta quarta-feira na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Para isso, ele solicitou que seu interrogatório, previsto para hoje, ocorra após a realização de perícias em alguns pagamentos considerados como fraudulentos na verba destinada aos parlamentares de até R$ 8 mil.
Riva, no entanto, não aprofundou que tipo de fraude revelará à magistrada. “O que ele foi beneficiado indevidamente, será ressarcido”, declarou o advogado George Andrade.
O pedido de Riva foi acatado pela juíza Selma Rosane Arruda. Com isso, ele foi dispensado da audiência, uma vez que apenas os réus serão ouvidos.
A primeira confissão do ex-deputado ocorreu em 18 de abril. Ele disse que se beneficiou do pagamento de um acordo firmado entre a Assembleia Legislativa e o banco HSBC.
Contudo, revelou que o “mentor” do esquema foi o então presidente em exercício da Assembleia, deputado Romoaldo Junior (PMDB), e o advogado do banco, Joaquim Fábio Mielli Camargo. Ele contou ainda que outros deputados foram beneficiados com o recurso desviado.
A defesa de Riva adiantou que ele faria novas confissões referente aos processos que responde por desvios de recursos na Assembleia, sendo que assumirá somente sua responsabilidade. Além das operações Ventríloquo e Metástase-Célula Mãe, Riva responde a processos criminais oriundos das operações Arca de Noé, Imperador, Ararath e Sodoma 4.
AUDIÊNCIA
A juíza Selma Arruda ouve neste momento a ex-chefe de gabinete de Riva, Maria Helena Caramelo. Ela foi apontada pelo Gaeco (Grupo de Ação Especial e Combate ao Crime Organizado) como “operadora” do esquema fraudulento.
A servidora da Assembleia também esteve presa por conta da operação, mas foi beneficiada com um habeas corpus no mês de março. O depoimento dela está sendo marcada pela forte emoção com choro.
Texto: FolhaMAx