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Rock in Rio USA teve orçamento de U$ 75 milhões e artistas complicados
Para fazer a foto que ilustra esta matéria, Roberta Medina passa por uma situação inusitada. Ela é barrada por alguns breves segundos na entrada da área Vip da Cidade do Rock.
Logo a segurança identifica seu sobrenome no crachá, se desculpa e a deixa passar mesmo sem a pulseira que dá acesso livre ao local. “Aqui nos Estados Unidos é assim. Regra é para ser respeitada. Eles seguem todas as normas”.
A constatação da diretora do Rock in Rio é apenas uma entre tantos que ela faz durante bate-papo com a reportágem de QUEM. Roberta não para. Após o encerramento desse festival, no sábado (16), ela se dedica ao evento no Rio de Janeiro, em setembro. Descanso? Nem pensar. Em maio de 2016, tem a edição de Lisboa, em Portugal.
CONCORRÊNCIA
“O público americano abraçou completamente o conceito do Rock in Rio, você percebe isso pelas ruas sempre lotadas aqui da Cidade do Rock. Não digo que é um destino consolidado, porque esta é apenas a primeira edição. Mas é um caminho. Temos aqui um nível de concorrência grande em termos de entretenimento.”
NÚMEROS
“18% do público aqui presente é de fora dos Estados Unidos. A maior parte veio de fora de Las Vegas. Temos aqui gente de 45 estados americanos. Nao falo em faturamento, mas nosso orçamento total foi de 75 milhões de dólares.”
CRISE BRASILEIRA
“As pessoas acham que, por a gente ter esgotado rapidamente os ingressos do Rock in Rio Brasil 2011 e 2013, seria fácil esgotar o de 2015 tambem. Mas não. O país vive em crise econômica atualmente. Não é fácil. Há um trabalho sério de comunicação e marketing por trás disso.”
TESTE DE FOGO
“Aqui funciona assim: “Prove que você é capaz de fazer o que está dizendo que sabe fazer”. Acho que a gente veio mostrar que sabe fazer festival, sim. Conforme foi se aproximando o dia do festival, os americanos foram vendo e acreditando. Ainda bem que tivemos parceiros fortes que se juntaram a nós e trouxeram credibilidade. Senão, nao sei o que seria. Eles são muito desconfiados. ”
AUGE
“O ponto alto é ver as três Rock Streets sempre cheias, os palcos lotados com som brasileiro causando sensação entre os americanos. É uma experiência interessantíssima perceber isso.”
ARTISTAS
“Taylor Swift e Bruno Mars foram os mais complicados de trazer pra Las Vegas, porque eles estavam fora do momento de turnê deles. Mas queria muito trazê-los para cá. A turnê da Taylor, aliás, comeca agora, com o Rock in Rio. Somos o aquecimento dela (risos). O que foi ótimo!”
BACKSTAGE
“Fico num estado de adrenalina tão forte, que não fico parada vendo shows. Não consigo ver nenhum show. Não paro um só minute. Resolvo problemas, sou acionada, não consigo me concentrar nos shows. Apesar de ter uma equipe senior que sabe resolver os problemas também.”
NEXT STOP
“O próximo passo do Rock in Rio é no Brasil, depois em maio de 2016 vamos para Lisboa. Vamos ser transmitidos em setembro, assim como agora em Las Vegas, para a China. É um mercado que estamos chegando e que nos interessa muito. E para mostrar que a gente existe. Um investimento como esse precisa ser aos poucos. A Roberta pessoa física faz todo esforço do mundo para que a equipe nao invente nenhum outro país para já (risos). ”