Savi depõe do Gaeco sobre pagamento milionário ao HSBC

O deputado estadual Mauro Savi (PSB) deu um depoimento de quase 3h ao aos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) a respeito de fatos revelados através da Operação Ventríloquo.

Um dos promotores de Justiça que ouviu o parlamentar,  Samuel Frungilo disse que o processo sobre a operação Ventríloquo está sob segredo de Justiça porque alguns investigados possuem foro privilegiado.

O parlamentar em um breve relato para a reportagem comentou que não conhece o delator do esquema, o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, que representava o HSBC, e na época, teria recebido R$ 9,4 milhões do Legislativo, em uma de suas contas, no Banco Safra. 

Naquele momento, Mauro Savi ocupava o cargo de primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, disse que assinou papéis, porém,  que jamais participou de reuniões e que não conhece o delator. “Aonde eu mexi eu responderei, mas onde não mexi, não irei aceitar as acusações. Não estou nem um pouco preocupado. Tenho a consciência tranquila”, disse.

O parlamentar completou dizendo que não existem provas de que teria recebido algum valor vindo do esquema. 

As investigações sobre essa operação tiveram início em 2015 e se referem ao pagamento efetuado ao HSBC Bank pelo  legislativo no valor de R$ 9,4 milhões de um seguro de saúde dos servidores do Legislativo.

O valor, segundo Mielli, teria sido liberado pelo ex-presidente da Mesa José Riva. 

Do total, pelo menos metade foi desviado dos cofres da AL, a mando de Riva, conforme consta em denúncia do Ministério Público Estadual.

Na terça-feira (4) o deputado Gilmar Fabris compareceu a sede do Gaeco. Ontem, o foi ouvido o deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB). Este último, teve o seu chefe de gabiente  Francisvaldo Mendes Pacheco preso, acusado de ter recebido R$ 300 mil do esquema. Em entrevista, Romoaldo negou que seu funcionário teria recebido valores e disse confiar em Francisvaldo. 

Texto: Gazeta Digital