Sem acordo, greve de bancários continua em Mato Grosso

A greve dos bancários em Mato Grosso completa 10 dias e continua por tempo indeterminado, uma vez que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nova proposta durante a reunião realizada ontem (15).

Ainda não há data confirmada para uma nova rodada de negociação.

A categoria reitera que não concorda com a proposta apresentada no início deste mês onde foi oferecido acréscimo de 7% aos salários e um abono salarial de R$ 3.300. De acordo com os bancários, nesse sentido ocorre o achatamento salarial, implicando assim em perda do poder de compra do trabalhador.

A reivindicação apresentada pela categoria contempla um reajuste salarial, com a reposição da inflação, de 9,62%, acrescidos com 5% de aumento real. Em anos anteriores, os bancários conseguiram a reposição do índice inflacionário, contudo, o salário não teve ganho real.

Além disso, existem ainda outras demandas, conforme reitera o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) que também estão em discussão e continuam sem avanços, dentre elas a melhoria na segurança das agências e das condições laborais.

A greve iniciada no último dia 6, de acordo com o sindicato, vem crescendo e até ontem 271 agências em todo o Estado estavam de portas fechadas. Assim, Mato Grosso é um dos locais com o movimento paredista mais forte e a Grande Cuiabá uma das regiões onde a greve está bem acirrada.

Para este período, o Procon estadual emitiu orientações ressaltando que as contas devem ser pagas dentro do dia de vencimento previsto. Assim, devem ser usados os caixas eletrônicos, correspondentes bancários, débito em conta, internet banking, entre outros.

Caso não consiga quitar a dívida, o consumidor deve entrar em contato com o fornecedor e solicitar outra opção de pagamento. Se não for disponibilizada uma alternativa para o pagamento da conta, o consumidor deve formalizar reclamação no Procon.

Outro lado

A Fenaban apontou que foi realizada uma reunião exploratória para discutir a possibilidade de um acordo a partir da aproximação entre as propostas já apresentadas, no que diz respeito à questão salarial. Propostas estas elaboradas dentro do que a situação e período econômico atual do país permitem.

A Federação ressalta que a nova proposta resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários.
 

Texto: Gazeta Digital