Apuesta360 Bônus: Um Guia Completo para Promoções e Benefícios
Sem maca e cadeira, médico dispensa pacientes
Com a Policlínica do Planalto lotada, em Cuiabá, o único médico de plantão na noite desta segunda-feira (5) informou aos pacientes que não poderia atendê-los por falta de condições estruturais, o que gerou indignação em que estava aguardando há horas.
Segundo relatou o médico a única maca já estava ocupada, assim como 4 cadeiras de descanso, além de todos os espaços disponíveis para medicação ou outros procedimentos pós-consulta.
“Infelizmente não tem como a gente atender vocês, porque, se atender e precisar de alguma medicação, não tem espaço”, argumentou.
Disse ainda que a prioridade seriam os pacientes já acompanhados, citando um homem infartado, uma criança com intoxicação por excesso de medicação ministrada em casa, um “senhorzinho” que estava com falta de ar intensa e outros dois pacientes sedados.
“Não é questão de não querer atender vocês, porque quem toma conta de vocês sou eu”, insistiu o médico.
Um dos pacientes reagiu. “O povo é que sofre, sai de casa para vir aqui e volta sem atendimento”.
Um outro paciente registrou que a coordenação sabia da situação desde 16 horas e não avisou. “O médico que veio colocar a cara a tapa”, comentou.
A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Maria de Fátima, avalia que o profissional não tinha alternativa a não ser dispensar e informar sobre outras unidades mais próximas que poderiam ser procuradas.
“O médico é o responsável pela segurança no atendimento aos pacientes. Poderia acontecer alguma coisa e a responsabilidade seria de quem? Do médico”, ressalta a representante da categoria. “Na urgência, a gente atende até no chão, mas não é a situação ideal, claro”.
Ressalta ainda que as UPAs têm estrutura mais nova e as policlínicas são mais precárias nesse sentido. No entanto, “o problema essencial, ou seja, a desproporcionalidade entre o número de equipes e de pacientes a gente encontra em toda a rede”.
A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada e o secretário adjunto de Saúde, Milton Correa, trataria do assunto, mas até o fechamento desta matéria não deu retorno.
Texto: Gazeta Digital