Sorriso: a história de superação de uma mãe que lutou pela vida dela e das filhas gêmeas

A Sidiane já era mãe do Samuel quando descobriu que estava grávida de gêmeas. A casa se encheu de alegria, pois o sonho do Samuca era ter irmãos e não ser mais o filho único do casal Sidiane e José Ribeiro.

Assim como a maioria das gestantes, Sidi começou a sentir enjoos que, com o passar do tempo pioraram muito. Um dos momentos mais felizes da sua vida também se tornaria seu maior desafio, lutar por sua vida e pelas vidas das filhas Sarah e Sabrina.

Sidi teve descolamento de placenta e precisou de repouso absoluto. Sua pressão arterial ficou muito alta e ela então descobriu que estava com “Síndrome de Hellp”, uma complicação grave que atinge gestantes e que pode causar a morte da mãe e do feto.

A síndrome de Hellp acontece quando a grávida está com a pressão muito alta e o organismo apresenta alterações das enzimas hepáticas e queda na contagem das plaquetas, que fazem o sangue coagular.

 

Diante do diagnóstico, Sidi foi encaminhada para Cuiabá onde seu quadro se agravou cada vez mais. Com 32 semanas as gêmeas precisaram nascer. No momento da cirurgia, Sidi já não conseguia mais respirar e sentiu que poderia morrer a qualquer momento. “Eu sentia a situação que estava bem grave. Tenho certeza que senti a agonia da morte”, lembra Sidi.

Após o parto as gêmeas, que nasceram com cerca de 1 kg cada, foram levadas para a UTI, mas Sidi ainda passou mais seis horas na sala de cirurgia. O que deixou a família angustiada, sem saber como ela sairia da sala. “Quando as meninas saíram da sala e a Sidi ficou por mais seis horas, eu tive muito medo de perde-la”, conta o marido José Ribeiro.

De lar cristão, Sidi se apegou a Deus para passar pelo momento mais difícil de sua vida. E a resposta veio. Depois de muita luta na UTI, de idas e vindas do hospital, Sidi e as gêmeas se recuperaram e hoje, passados seis anos, a família celebra a vitória sobre a morte. A experiência de luta pela vida se tornou uma história de superação. “Hoje, mesmo com tudo que passei, por elas eu faria tudo de novo”.

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Texto: Larissa Gribler / Portal Sorriso