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Sorriso: esposa de pedreiro assassinado afirma que seu marido foi ameaçado
Maria Cabral, esposa de José Pereira Cabral, 59 anos, conhecido como Dico , que morreu no último sábado (12), após ser alvejado por quatro disparos de uma espingarda calibre 22, falou ao Cidade Alerta nesta terça-feira (15) e revelou que o seu marido já havia recebido ameaças de Pedro Júnior Costa da Silva, 37 anos, preso ontem como principal suspeito de assassinar o seu cônjuge. “No ano passado, meu marido foi lá no pesqueiro e viu esse rapaz na beira do rio. Meu marido desceu o barranco e ele tirou sarro do José. Aí meu esposo pediu para ele sair de lá, porque ele (marido) era quem tratava a ceva e precisava pescar. Foi aí que esse homem arrancou uma arma e disse que iria atirar na cara do meu esposo.”
Antes disso, José e Pedro já tinham pescado outras vezes juntos. Segundo Maria, seu marido tinha autorização do dono da chácara, de quem era amigo, para tratar a ceva e pescar na propriedade. A vítima teria chamado o suspeito para irem juntos algumas vezes e, no dia da ameaça, o que irritou José foi o fato de Pedro ter ido ao local sem lhe avisar.
Depois disso o marido contou para Maria que viu Pedro em uma vez. “Depois da ameaça, meu marido viu ele um dia no supermercado”, disse ela.
Ela aproveitou o momento em que contava a sua versão dos fatos para pedir justiça “Deus vai capacitar os homens para fazer justiça. As vezes vemos que as leis são frágeis, mas o meu Deus é fiel e que esse homem (Pedro) sinta o amor de Deus, porque ele destruiu parte da minha família.”
O Portal Sorriso informou ontem que a Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (14) Pedro Júnior Costa da Silva, 37 anos, principal suspeito de assassinar a tiros o pedreiro José Pereira Cabral, 59 anos, no último sábado (12).
Nilson Farias, Delegado responsável pelo caso, disse em entrevista ao Cidade Alerta, que duas pessoas foram detidas. A primeira acabou sendo liberada da suspeita, pois não apresentava indícios de ter cometido o crime. Já o segundo suspeito, Pedro Júnior, vulgo “Pedro Maranhão”, confessou o crime após ser interrogado pelo Delegado.
Pedro Maranhão foi preso em sua casa onde foi localizada uma espingarda calibre 36 e também o registro de uma outra espingarda, calibre 22, com as mesmas características da arma utilizada na execução de José. Posteriormente, a arma foi localizada.
Segundo o Delegado, o suspeito tentou negar o crime e disse que havia vendido a arma para um morador do estado do Pará. Após o delegado pedir exame residuográfico das mãos para verificar se havia indícios de pólvora, Pedro Maranhão acabou confessando o homicídio.
Em seu depoimento, o suspeito disse que anos atrás havia sido ameaçado por José e que quando se encontravam a vítima o olhava de cara feia. O desentendimento entre eles, segundo Maranhão, ocorreu por conta de uma “ceva de peixes”. José não queria que Maranhão utilizasse a ceva, pois o mesmo não fazia manutenção do local, o que o incomodava.
No sábado, o suspeito conta que chegou ao local armado, em sua motocicleta, encontrou José e disparou sem nem mesmo conversar com a vítima. Ao todo, ele efetuou quatro disparos sendo dois no peito e os outros dois nas costas, quando José tentou correr.
Pedro Maranhão foi indiciado por homicídio qualificado com motivo fútil e também por traição de emboscada, que não deixou defesa nenhuma para a vítima.
Texto: Redação Portal Sorriso