Sorriso: Politec nega que tenha demorado 19 horas para liberar corpo de adolescente

Após a família de Ryan Lima da Silva, de 17 anos, que foi assassinado a facadas, reclamar que precisou esperar 19 horas para enterrar o corpo do adolescente, a gerência regional do Instituto Médico Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Sorriso, comunicou que não houve atraso no trabalho de necropsia.

Em entrevista ao Portal Sorriso, nesta tarde, o gerente regional Ediel Castro Souza explicou que a Politec só pode executar o trabalho após obter as seguintes documentações:  auto de reconhecimento e boletim requisição de necropsia, ambos assinados pelo delegado plantonista na delegacia de Polícia Judiciária Civil.

Conforme Ediel, houve demora na liberação do corpo apenas por conta de questões burocráticas. “Sem a papelada, a gente não aciona o médico legista. Precisamos dos documentos necessários para a realização do trabalho, que não é apenas de liberação de corpo, é um trabalho de perícia criminal feito pelo medica legista, ou seja, é um serviço de perícia médico-legista, que é feito, geralmente, em torno de 4 horas porque precisamos esperar o corpo esfriar e os sinais de morte, como rigidez cadavérica”, explicou.

De acordo com os documentos obtidos pelo Portal Sorriso, nesta tarde, o adolescente foi assassinado por volta das 22h50min de quarta-feira (14). Já o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem como registro 23h42min enquanto a necropsia ocorreu às 14h45min, com liberação do corpo às 18h do dia seguinte ao crime.

“A UPA não tem necrotério e o corpo foi diretamente para a funerária. Nós só recebemos a papelada de requisição que é assinada pelo delegado por volta do meio-dia. Após recebermos, solicitamos a vinda do médico que tem mais de 20 anos de profissão. Infelizmente, há situações burocráticas e nós precisamos da papelada para fazermos o nosso trabalho”, finalizou, acrescentando que a Politec liberou o corpo do adolescente logo após a necropsia que perdurou por menos de 2 horas.

O homicídio

Conforme o Portal Sorriso noticiou, Ryan estava jogando futebol na quadra de uma escola, que fica perto de sua casa, e ao passar em frente a uma distribuidora de bebidas, parou para assistir a um jogo na TV. Foi quando Luiz Tenório Silva, 31 anos, utilizando uma faca de cozinha, desferiu um golpe fatal no pescoço de Ryan.

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Texto: Redação Portal Sorriso