Sorriso: Possamai assume em novembro mandato de senador com licença de Selma

O produtor rural Beto Possamai (PSL), primeiro suplente da senadora Selma Arruda (Podemos), assume a cadeira no Senado a partir de 18 de novembro e deve permanecer no cargo por quatro meses. O megaempresário de Sorriso, com patrimônio de quase R$ 50 milhões, financiou a campanha da juíza aposentada, doando, junto com familiares, R$ 1,4 milhão (80% das receitas declaradas à Justiça Eleitoral).

Em entrevista ao RDNews, afirmou que pretende defender o agronegócio e ser um soldado do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).

“Estou pronto para assumir o Senado. O combinado é ficar por quatro meses. Vou lá para defender o agronegócio e o presidente Bolsonaro. Se todos abandonarem, pode ter certeza que eu ficarei sozinho defendendo. Votei no Bolsonaro e vou defender até o final”, declarou Possamai.

O suplente também acredita que até sua posse os conflitos no PSL, que colocaram Bolsonaro e o presidente nacional da sigla Luciano Biver em rota de colisão, com reflexos no Congresso Nacional e troca de farpas entre correligionários, estará apaziguado. Em sua opinião, a bancada deve guardar energia para “brigar com esquerda” em defesa do governo.

“É uma briga entre pessoas boas, de direita, que deve acabar em breve. Quero ver o PSL apaziguado. Precisamos gastar energia brigando com a esquerda que trabalha contra o Governo Bolsonaro porque não quer ver o Brasil dando certo”, completou.

Mudança de sigla

Além disso, Possamai também garante que foi convidado a acompanhar Selma na migração para o Podemos. Entretanto, afirma que optou por permanecer no PSL por lealdade a Bolsonaro.

“Recebi o convite para trocar de partido. Respeito a decisão da senadora Selma, mas fico no PSL. Eu estou junto com o presidente Bolsonaro. O PSL é um grande partido e vou ficar por aqui, concluiu.

Juntamente com Selma e com a segunda suplente Cleire Fabiana, Possamai teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) por caixa 2 e abuso do poder econômico nas eleições de 2018 e aguarda julgamento de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a cassação seja confirmada, eleições suplementares para vaga de senador deverão ser realizadas.

Texto: Jacques Gosch/RDNews