Sorriso: professores da rede estadual confirmam greve por tempo determinado

Os professores que atuam na rede pública estadual de Sorriso aderiram ao protesto nacional em prol de melhorias no ensino. Hoje e amanhã os educadores fazem um trabalho de conscientização junto às comunidades escolares. Na quinta-feira (17) cruzarão os braços.

Já os educadores da rede municipal optaram por não participarem do protesto.

Em entrevista ao Portal Sorriso MT, o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de Sorriso, o professor Edivaldo Mazolini, confirmou quais são as escolas da rede estadual que não terão aula no dia 17.

São elas: Mário Spinelli, José Domingos Fraga, 13 de maio e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Arão Gomes Bezerra. Já a escola Escola Ignácio Schevinski ainda ficou de confirmar a adesão.

Segundo o Sindicato, o ato de protesto é nacional, mas em Mato Grosso a pauta de reivindicação engloba o cumprimento integral da Lei Complementar 510/2013, que em 2015 sofreu com o impacto da fragmentação do Reajuste Geral Anual;  realização de concurso público; melhorias da infraestrutura das escolas; convocação das conferências de avaliação do ciclos de formação e de Gestão Democrática, temas em permanente conflito de interesses de governos.

A mobilização promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) quer o Cumprimento da Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008); o fim da Terceirização da Educação; contra a entrega de Escola às Organizações Sociais (OSs); pelo fim da militarização das escolas públicas; contra o parcelamento dos salários e contra a reorganização das escolas públicas

Situação de Sorriso

O  professor Edivaldo pontuou uma série de problemas de infraestrutura nas escolas da rede estadual, como na José Domingos Fraga que não tem quadra poliesportiva. O Ceja Arão Bezerra até tem quadra, mas é descoberta.

“E na escola Mário Spinelli não há refeitório. Existe apenas um toldo que cobre uma área na qual os alunos pegam a comida e, depois, se alimentam em pé. Todas as unidades têm problemas e isso interfere nas condições de trabalho do profissional e de aprendizagem dos alunos”, ressaltou.

Os professores também querem a realização de concurso público. Conforme o Sintep de Sorriso, no Ceja Arão aproximadamente 85% dos educadores são contratados em regime temporário enquanto que na Ignácio Schevinski são 70%. Após o dia 17 os professores da rede estadual retomam os trabalhos.

Em maio, a categoria poderá deliberar por uma nova greve, mas por tempo indeterminado.

Rede municipal de fora

Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorriso (Sinsems), a rede municipal não aderiu ao protesto.

A categoria auferiu, neste ano, um aumento superior aos demais servidores do município. O Sindicato afirma que a rede municipal de ensino tem recebido investimentos em treinamentos constantes e reformas das escolas.

Confira a reportagem completa no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso, aqui.

Mais imagens

 

Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso MT