Suzane von Richthofen deixa prisão pela primeira vez em saída temporária
Beneficiada pela saída temporária antecipada de Páscoa, Suzane von Richthofen deixou a Penitenciária 1 deTremembé, no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (11). Essa é a primeira vez que ela deixa a unidade desde 2006, quando foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em 2002.
O defensor Rui Freire, responsável pela defesa da presa, confirmou por telefone que ela deixou a unidade, mas não deu detalhes da saída, nem do destino de Suzane. Ela deve retornar até a próxima terça-feira (15) às 18h.
A suspeita é que Suzane tenha saído escondida em um dos veículos com vidros escuros que entraram e saíram da unidade nesta tarde, entre 14h30 e 16h30.
Suzane foi a única beneficiada da saída temporária da Penitenciária Santa Maria Eufrásia Peletier, a P1 de Tremembé, a deixar a unidade no período da tarde – todas as outras saíram por volta das 9h.
A saída temporária de Páscoa foi antecipada para que não ficasse muito próxima à saída do Dia das Mães.
Benefício negado
Em dezembro, a Vara de Execuções Criminais de Taubaté (SP) havia negado o benefício a Suzane. Na ocasião, havia expectativa de que ela deixasse a prisão pela primeira vez no Natal, já que ela havia progredido ao regime semiaberto dois meses antes.
A Justiça, no entanto, suspeitou do fato da interna ter apontado que ficaria no período fora da prisão na casa de uma pessoa que não é da família, não faz parte do círculo de amigos dela e nunca a visitou na penitenciária. O endereço seria de uma amiga, de acordo com a interna.
No regime semiaberto, os presos têm direito a cinco saídas temporárias no ano – sendo Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, além de Natal e Ano Novo. Para receber o benefício, os presos devem apresentar bom comportamento
Semiaberto
Suzane von Richthofen obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015.
Após receber o benefício, Suzane foi levada para uma nova ala da Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé, onde ela já estava cumprindo pena. O pavilhão para onde Suzane foi levada foi inaugurado em abril de 2015 para atender presas do semiaberto.
A expectativa era de que a detenta deixasse a unidade em saída temporária pela primeira vez no Natal, mas a Justiça negou o benefício. Na ocasião, a a Justiça acolheu o parecer do Ministério Público, que suspeitou do fato da interna ter apontado que ficaria no período fora da prisão na casa de uma pessoa que não é da família, não faz parte do círculo de amigos dela e nunca a visitou na penitenciária. O endereço seria de uma amiga, de acordo com a interna.
Irmãos Cravinhos
Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, cunhado e namorado de Suzane na época do crime, também foram condenados pela morte. Eles cumprem pena no regime semiaberto desde 2013 e têm o benefícios das saídas temporárias.
Texto: G1