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TRF-2 nega habeas corpus ao ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes, alvo da Lava Jato no Rio
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou, na sexta-feira (22), pedido de habeas corpus do ex-presidente do Paraguai Horacio Manuel Cartes, um dos alvos da Operação Patrón, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Além da solicitação da defesa de Cartes, o juiz federal Gustavo Arruda Macedo também negou as requisições apresentadas por outros investigados, como Myra de Oliveira Athayde – namorada do doleiro Dario Messer (que está preso), Cecy Mendes Gonçalves da Mota, Arleir Francisco Bellieny e Roland Pascal Gerbauld.
O magistrado Gustavo Arruda atua como convocado no gabinete do desembargador federal Abel Gomes, relator de processos da Lava Jato no TRF-2. Segundo informações do tribunal, os méritos dos pedidos de habeas corpus ainda serão julgados pela 1ª Turma Especializada do Tribunal.
As ordens de prisão foram expedidas no inquérito da Operação Patrón – palavra que, em espanhol, significa “Patrão”. A ação, deflagrada na terça-feira (19), é resultado de desdobramento da Lava Jato que apura um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o doleiro Dario Messer, que mesmo já detido, também teve ordem de prisão preventiva determinada pela primeira instância.
Nas decisões, o juiz Gustavo Arruda entendeu que não houve, por parte do juízo de primeiro grau, “manifesta ilegalidade ou abuso na decisão atacada”. O magistrado também considerou que o esquema criminoso investigado conseguiu manter “por tempo significativo Dario Messer em liberdade.
Isso porque, segundo as investigações da Polícia Federal e Ministério Público Federal, o grupo criminoso ajudou na fuga Messer, que está preso desde o fim de julho. Arruda também afirmou que a organização criminosa conseguiu desaparecer com valores “que não foram alcançados pela Justiça brasileira”.
Na análise do pedido de Horacio Cartes, o juiz federal também ressaltou que o ex-presidente paraguaio teria mantido contato com Dario Messer “no período que este esteve foragido – inclusive na véspera de retornar ao Brasil –, e esquematizado quando ele (Messer) se entregaria”.
A decisão destaca, ainda, que embora Messer também fosse investigado por autoridades paraguaias, o doleiro não se entregou no país vizinho. Os investigadores ainda não sabem o porquê.
Texto: G1