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Tribunal de Justiça mantém prisão de produtor rural que matou engenheiro agrônomo
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a prisão do produtor rural Paulo Faruk De Morais, réu confesso do assassinato do engenheiro agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, no distrito de Novo Paraná, no último dia 18 de fevereiro. O desembargador Orlando Perri considerou a periculosidade do réu, que matou a vítima com tiros na cabeça.
Paulo Faruk já estava preso em uma cela especial na unidade prisional do município de Porto dos Gaúchos. À Polícia Civil, o produtor confessou que estava se sentindo incomodado com a presença da vítima na fazenda dele em decorrência de uma cobrança, mas que não desejava matá-lo.
Ele contou que tinha financiado o custeio da lavoura e agora, época de colheita, o financiador foi até a propriedade cobrar a parte dele, para que a soja não fosse vendida. O engenheiro era o representante da empresa financiadora e estava fiscalizando a colheita. O desembargador Orlando Perri citou este fato em seu voto.
“Parece-me que o crime teria sido motivado por uma dívida que o paciente teria para com a empresa, que era representada pela vitima. Ele era plantador de soja e milho. Parece-me que ele devia cerca de 12 mil toneladas de grãos”.
O desembargador ainda narrou que, no dia do crime, o réu passou pelo bar e ao avistar a vítima, motivo por raiva e ódio, foi até o engenheiro agrônomo e fez os disparos à queima roupa, na cabeça da vítima.
“A situação mostra realmente uma gravidade concreta que denota a periculosidade do agente e isso basta para que se mantenha a prisão preventiva com base na ordem pública”, justificou Perri em seu voto.
O homicídio
Segundo uma testemunha que ajudou a socorrer Silas, era aproximadamente 13h00 quando ambos (vítima e testemunha) estavam sentados em uma mesa, na lanchonete Fogão a Lenha da Rodoviária do povoado Novo Paraná, município de Porto dos Gaúchos, quando sem notar a aproximação, se assustou com uma pessoa que chegou por trás, sacou uma pistola e efetuou dois ou mais disparos direto na cabeça da vítima, que caiu no chão já sem reação.
Em seguida o autor do crime saiu andando em direção ao seu veículo, olhando para trás para se certificar que havia matado à vítima. Imediatamente foi realizado socorro médico no Posto de Saúde daquele povoado, sendo depois a vítima encaminhada para Hospital de Porto dos Gaúchos.
Para o transporte de Silas foi utilizada a caminhonete que ele próprio conduzia. Ele não sobreviveu e dias depois o autor do homicídio foi preso.
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Texto: Vinicius Mendes/Olhar Direto