Umidade abaixo de nível do deserto do Saara coloca Cuiabá em situação de emergência

Uma forte massa de ar seco e quente mantém o tempo aberto em Cuiabá. Os termômetros marcam 37º graus Celsius nesta terça-feira (14), podendo chegar a máxima prevista de 40ºC e bater o recorde de tarde mais quente do ano, que ainda é de 38,4ºC, registrado na última quarta-feira (08).

A baixa umidade relativa do ar, de apenas 9%, caracteriza situação de emergência, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o que se compara aos níveis do deserto do Saara [que possui uma média entre 10% e 15%].

Os níveis de umidade do ar muito baixos são associados com a massa de ar seco, que voltou a se intensificar sobre o Centro-Oeste, com a recente passagem do ar frio de origem polar sobre a região. Os níveis de umidade observados nos dias 11, 12 e 13 de agosto são os menores no Centro-Oeste este ano, até agora.

Pelos padrões da Organização Mundial da Saúde, o ideal para o conforto e para saúde humana é um nível de umidade em torno dos 60%. A secura do ar combinada com o calor intenso, situação comum nesta época no Centro-Oeste é mais prejudicial para a saúde das pessoas.

A tarde desta terça-feira, pode ser a mais quente do ano, com temperatura próxima dos 40°C. Segundo o INMET, o recorde atual de calor em Cuiabá é de 38,4°C, registrado na última quarta-feira (8). Em 2018, a temperatura ainda não chegou aos 40°C em Cuiabá. A última vez que isto ocorreu foi no dia 18 de outubro do ano passado, com a marca de 40,5°C. Em 2016, a máxima chegou aos 40°C em agosto duas vezes.

A baixa umidade deixa a capital em situação de alerta, com risco de incêndios florestais e à saúde. Ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

Recomendações

* Beba bastante líquido.

* Atividades físicas não são recomendadas.

* Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

* Use hidratante para pele e umidifique o ambiente.

* Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Texto: Fabiana Mendes/ Olhar Direto