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Vanessa da Mata fala de assédio e diz que tem seguranças para evitar ‘mão boba’ dos fãs
Quem acompanha Vanessa da Mata nas redes sociais já se surpreendeu com os cliques da cantora exibindo o corpo de biquíni ou maiô. Os posts, digamos, ousados, ganharam frequência de um ano para cá e tem “quebrado a internet” e atraído muitos elogios à artista, que está prestes a completar 43 anos de idade. Em conversa com o EXTRA, Vanessa falou do sucesso que também faz fora dos palcos por conta da beleza e revelou algumas cantadas (simpáticas e abusivas) que costuma receber.
“É engraçado, toda vez que eu posto uma foto de biquíni os homens mais malandros do mundo saem do esgoto (risos). Todos os caras que passaram por mim em algum momento que não dei bola, voltam. É só colocar que voltam, incrível isso. Aí eu volto com o meu vestidão, e eles saem”, diverte-se a cantora.
Mas nem sempre dá para encarar o assunto com bom humor. Por conta de alguns espertinhos, Vanessa tomou a decisão de colocar seguranças ao lado dela na hora das fotos com fãs.
“Você vê de tudo, inclusive, coisas abusivas. O namorado que chega com a namorada no camarim para tirar foto e pega na sua bunda. Hoje em dia eu tenho seguranças que ficam ao lado e que estão sempre falando ‘olha, não encosta’, ‘cuidado’, porque essas coisas sempre acontecem”, revela ela, que já passou por outras situações ainda mais perigosas:
“Gente que invade a varanda, que tenta entrar no quarto, gente que liga, diz que está no quarto ao lado e pergunta se pode entrar que eu não vou me arrepender… Coisas amedrontadoras mesmo. Isso não é engraçado. Talvez por isso eu me proteja mais, de não entrar nesse lado exacerbado da sedução, de deixar como se fosse um pedaço de carne para as pessoas”.
Vanessa, no entanto, diz que sabe muito bem se defender dessas situações: “Sou capoeirista, sou uma pessoa forte e não sou uma mulher de deixar barato. Se um cara invade a minha varanda, ele vai apanhar”.
Fotos de biquíni
“Esse é um lado meu que eu nunca tinha exposto. Sempre fui uma pessoa muito ligada à minha casa, minha vida particular, sabendo que existe uma cantora que não está atuando o tempo todo. Acho bacana que se tenha uma ideia de saúde, de se cuidar e ter uma boa autoestima. E eu tenho letras, então, isso não me preocupa. Já tenho uma imagem onde eu não utilizei meu corpo para venda. O que tocava na rádio era música, não era ‘o bumbum da fulana'”.
‘Quebrar a internet’
“Quebrar a internet eu acho muito engraçado. As pessoas acham que todo mundo que tem um corpo belo ou que segue preceitos e medidas, tem que mostrar o corpo. Nunca achei isso. Acho que se você tem e quer, você pode. Na verdade, acho que hoje em dia a mulher pode tudo o que ela quiser, claro, que dentro da normalidade do que para ela é ser feliz. No meu caso, eu estou na praia, num lugar que é bacana, então me permito. Eu acho libertário!”
Elogios
“Nunca fui uma pessoa de me perder com elogios, mas claro que dá uma massageada no ego de vez em quando. Num bom sentido, faz bem. Às vezes eu leio (os comentários). Esses últimos tinham coisas engraçadas, coisas grosseiras, tem de tudo. Tem gente que é educada e fala da melhor maneira possível, elegantemente”.
Cantadas e pretendentes
“Sou uma pessoa muito forte, sou autora dos meus trabalhos e geralmente eu transpareço que sou uma pessoa autossuficiente. Então, o homem que chega ou ele é muito doido, porque não tem noção, ou ele chega pelo lado romântico, que me agrada muito mais. Romântico de atitude, romântico na maneira de falar, na maneira de ser inteligente. Sou uma pessoa que sou muito mais ligada à inteligência do que o físico. Sou ligada ao comprometimento, a seriedade. Se percebo a inteligência, eu fico mais fascinada. A coisa física ela se esvai rapidamente. Sou realmente mais masculina nesse sentido, se é uma coisa física, eu percebo que aquilo não vai muito longe. Dou risada dos elogios. Têm coisas engraçadíssimas, e eu gosto de humor. Já tive uma cantada que o cara perguntou se eu sabia cantar ‘Noite feliz’. Era perto do Natal, e eu falei que sim. Aí ele disse que só dormia com essa música (risos)”.
Boa forma
“A vida toda eu tentei me cuidar. Não tenho rotina. É muito difícil para mim manter uma rotina de exercícios. Fui muito doente quando criança, então, dou valor à vida. Não sou uma pessoa que bebe, não uso drogas, tenho uma tentativa na vida de conduzi-la da melhor forma possível. Simples, me satisfazendo e me encantando com as coisas simples. Sem precisar quimicamente estar numa situação de prisão. Sei que o corpo da gente tem limites muito frágeis. Tenho pânico de perder minha saúde”.
Dieta e alimentação
“Acho que o meu perigo maior é de comer um sonho por dia numa padaria. Graças a Deus, não tem nenhuma padaria incrível perto da minha casa. Mas eu tenho uma carência por um bom carboidrato e um bom doce. Fui criada com avó, então, sou apaixonada por bolos, doces caseiros, tenho uma necessidade afetiva por eles até. Minha família toda cozinha muito bem. Eu, mesmo morando fora, desenvolvi meu jeito de cozinhar e gosto muito de um bolo de chuva, que eu sou especialista. Com os meus filhos, desde que eles chegaram, a gente teve que comer tudo direitinho para a coisa se tornar um hábito diário de cuidar da saúde e dos alimentos”.
Atividade física
“Já fui muito vigilante, extremista no sentido da comida, de me cuidar e fazer exercícios. Agora confesso que estou um pouco relapsa. Entrei na academia, eu estava há um ano sem fazer nada rotineiramente. Fazia duas ou três vezes por semana e depois eu viajava e parava. Mas acho que também a genética ajuda. Preciso praticar musculação. É uma coisa que faço sempre por ter um problema na coluna, apesar de ter ficado um ano fora assiduamente. Sou muito alta, tenho quase 1,80m de altura, então, tudo que é musculação para segurar o abdômen, a coluna e os joelhos eu tenho que fazer. Tenho quadril largo, pernas grossas e sou alta, é uma combinação que se eu não tiver na musculação eu vou me machucar e não vou fazer bem o meu trabalho, que é palco. Tenho que estar bem para fazê-lo. São condições básicas. Agora, acho que qualquer adulto que perceba que sua aparência é importante, porque é mesmo, deveria se cuidar. Não só os que trabalham com imagem, o ser humano gosta da beleza, de cuidado, de fazer o melhor que pode por si. Sempre levo uma corda e um bastão de exercício. Às vezes eu nem faço, mas está ali. Se eu precisar, ele está ali. Durante muito tempo eu achei que correr ia me emagrecer. Depois eu comecei a perceber que se eu andasse 40 minutos também resolveria. Andar funciona muito melhor para mim”.
Balança
“Hoje em dia eu não sei como estou na balança. Natal, comi muito e como sem pensar. Fiz uma dieta para eliminar o que estava demais. Agora realmente não estou acompanhando. Quando começo a sentir que a roupa está apertada, eu diminuo. Simples assim, não fico angustiada mais”.
Autoestima
“Quando meus filhos sentiam que a autoestima era muito difícil, eu botava eles na frente do espelho e dizia: ‘Olha como você é perfeito, todos seus dedinhos estão aqui, dos pés, o joelho, olha seu nariz como é lindo, olha como seu cabelo é lindo. Tantas pessoas alisando os cabelos e você tem um cabelo ali e está lindo, ele condiz com a sua cor. Você precisa se amar!’. Isso vai mudando a construção de como eles se veem, né? A gente tem que se elogiar todos os dias. O ser humano se incomoda com uma autoestima bem construída, e ela bem construía te traz credibilidade para você achar que vai encontrar coisas boas na sua vida: que vai se formar, que vai fazer um curso daqueles que sempre quis, que vai sair da miséria, que você merece e se vê em um lugar melhor. Isso traz uma construção de vida mesmo. Você sonha, você planeja e você materializa”.
Cirurgia plásticas
“Faria cirurgias plásticas se alguma coisa me incomodasse muito. Vi muita gente tendo alívio e se gostando muito mais após uma cirurgia. A gente está nesse mundo para se gostar. A partir do momento que a gente não se gosta e não é feliz, cada um tem que se respeitar, ser feliz e cuidar da sua vida na melhor maneira possível. Quando isso implica em uma cirurgia básica, nariz, peitos, por que não? Acho uma bobagem enorme continuar com esse martírio. Viemos nesse mundo para ser feliz”.
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Texto: Extra