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Vereador acusado de matar garimpeiro deve responder a processo em liberdade
O vereador do município de Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá, Marcos Bessa (PSD), 47, acusado de matar um garimpeiro de 54 anos a tiros em maio deste ano, deverá responder ao processo na Justiça em liberdade. A informação foi dada ao G1 pelo advogado de defesa do parlamentar, Pedro Henrique Gonçalves.
O vereador, que estava preso preventivamente desde o dia 5 de maio pelo assassinato de José Plínio Fernandes da Silva, foi solto na última terça-feira (13). O crime ocorreu na casa da vítima, em Novo Mundo, no dia 4 de maio. José Plínio foi assassinado com quatro tiros. Na ocasião, testemunhas disseram que o parlamentar e o suposto comparsa fugiram do local. Quando foi socorrido pela esposa, o garimpeiro teria dito que o vereador era o autor dos disparos
Segundo o advogado de Marcos Bessa, o vereador agiu em legítima defesa. À polícia, o parlamentar alegou que a vítima e ele discutiam quando José Plínio teria apontado uma arma contra ele. O vereador e a vítima, então, teriam entrado em luta corporal e, durante a briga, a arma teria disparado e acertado o garimpeiro.
A Justiça aceitou a denúncia feita pelo MP contra o parlamentar e o sócio dele, Maurício Alexandrino de Souza, 47, que também teria participado do crime, no dia 1º de junho. Desde então, o vereador se tornou réu no processo e responde por homicídio qualificado. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Maurício.
O vereador estava preso na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. A defesa dele entrou com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que foi aceito. “Pedimos para que ele respondesse ao processo em liberdade porque, desde o início, ele se colocou à disposição da Justiça”, afirmou o advogado.
O vereador deve apresentar sua defesa à Justiça nos próximos dias e a defesa acredita que ele seja levado a júri popular. Enquanto responder ao processo, Marcos Bessa deve continuar trabalhando normalmente na Câmara de Vereadores de Novos Mundo, segundo a defesa.
“Ele não foi condenado, portanto, esse processo não afeta em nada os direitos políticos ou o mandato dele”, disse o advogado.
Texto: G1 MT